D. Januário Torgal

No próximo Domingo, 8 de abril, a Comunidade contará na celebração da Eucaristia com a presença do Bispo Januário Torgal, emérito das Forças Armadas e Segurança, velho amigo da Serra do Pilar.

«A História tem longas durações e curtas durações. O historiador Fernand Braudel falava da aceleração da História. Mas se as pessoas lutaram pela justiça social, e se a democracia é o serviço ao bem comum, em que cada pessoa tem o seu lugar, impressiona-me que os problemas mais primários de sobrevivência tenham sido subestimados. Este tipo de justiça não foi uma preocupação numa sociedade que agora é definida pelos novos príncipes do poder» (Jornal de Negócios, 2013).

As Celebrações Pascais na Serra do Pilar

23 de Março – 21H30 – celebração penitencial (estarão presentes vários presbíteros para a celebração sacramental da penitência); não haverá, na véspera, oração semanal.

25 de Março – 11H00 – celebração de Domingo de Ramos (15 minutos mais longa que o habitual).

29 de Março – 5ª feira Maior (às 20H30, refeição ritual da Páscoa: frango assado ou cozinhado de outro modo e saladas verdes ou hortaliça cozida, que cada um trará; a Comunidade porá pão, vinho e água. A partir das 21H30, a celebração eucarística).

30 de Março – 6ª feira Maior (celebração da Morte do Senhor, antecedida de uma refeição fraterna, de jejum, às 20H45, rigorosamente composta de pão, maçã e água – a Comunidade porá a água).

31 de Março – Vigília Pascal (celebração a partir das 21H30; no final, uma Ceia festiva a contrastar com as dos dias anteriores; cada um tratará dos materiais desta Mesa de Alegria pascal).

1 de Abril – Celebração da Eucaristia (11H00).

Uma história que se testemunha (II)

 

No próximo sábado, dia 30 de Setembro, terá lugar a segunda “mesa-redonda” no âmbito das celebrações dos 50 anos de ordenação do nosso presbítero Arlindo de Magalhães: Uma história que se testemunha.

O encontro será às 21h30 no Colégio Nossa Senhora da Bonança (R. Dr. Francisco Sá Carneiro 1366, 4400 Vila Nova de Gaia). A entrada é livre e todos estão convidados!

Sexta-feira há cinema

Sessão de Cinema | Sexta-feira 24/Fev | 21h30

O filme “Os Respigadores e a Respigadora”, da cineasta francesa Agnés Varda, leva-nos a conhecer os respigadores da sociedade contemporânea, os que rebuscam nas sobras dos mercados, os que procuram restos nos caixotes do lixo, aqueles que vivem da recuperação de coisas que os outros não querem ou deixam para trás, aqueles que estão do lado de fora da “normalidade” aceite pela sociedade.

É já na próxima sexta-feira, dia 24, às 21.30h, no antigo Centro de Convívio (Rua MARCIANO AZUAGA 82 – Vila Nova de Gaia).
Aparece e traz um amigo!

(Org. Grupo Justiça e Paz)

É mesmo necessário

capa

É mesmo necessário (1Cor 11,19)

Arlindo de Magalhães | Serra do Pilar 2015 | 280 páginas

Sei agora que, na vida das comunidades, a crise é um momento tão importante como a exaltação dos começos. Só que é também tempo de sofrimento tão intenso como os inícios o são de esperança.

Paulo já prevenira: “É mesmo necessário que haja divisões entre vós, para que se tornem conhecidos aqueles de vós que resistem a esta provação” (1 Cor 11, 19). Isto já eu o lera muitas vezes. Mas nunca o experimentara. Mas “o que não experimentaste não cuides que o sabes bem”, já dizia Sá de Miranda.

Os textos que seguem são sobretudo homilias, escritas ao correr de anos, num esforço de leitura de uma situação real, em que se tentou escutar “o que o Espírito dizia à Igreja” (Ap 2 e 3). Tudo começou em 1992, como segue. Inesperadamente, a Comunidade foi confrontada com uma situação de todo nova e exaltante. Mas o desafio da novidade calou o primeiro alerta. E, pouco a pouco, os velhos sintomas vieram ao de cima com violência redobrada. Não foi fácil nem rápido – incapacidades humanas – ler a situação e dar-lhe resposta. Com o tempo a rodar, quase se não evitava o desastre. Uma vez, há muitos anos, a sacudir uma vespa  de dentro do meu 4L, acabei estampado no carro que me precedia.

São textos doloridos e tacteantes, estes. Mas verdadeiros. Tendo sempre presente a citação de Edgar Morin:

“A crise pode resolver-se no regresso ao estado anterior à própria crise, mas o que é próprio de um sistema hiper complexo em crise é desencadear soluções no que podem ser imaginárias, mitológicas ou mágicas, como, pelo contrário, práticas e criativas. (…) Deste modo, a crise é potencialmente geradora de ilusões e/ou de actividades inventivas. Duma maneira mais geral, a crise pode ser fonte de progresso e/ou de regressão. O homem, tecido de contradições, é portanto um animal crísico; é, ao mesmo tempo, a fonte dos seus falhanços, dos seus sucessos, das suas invenções e da sua neurose fundamental”.

Partilhar é uma lei fundamental para o cristão. Aí fica tudo, sem nomes nem factos. Mas com verdade.

Arlindo de Magalhães 

NOVENA DE NATAL: 17 A 24 DE DEZEMBRO

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Começa amanhã, 5ª feira, a Novena do Natal; 9 dias, contando a partida e a chegada. A Novena prossegue depois nos dias que nos separam da festa do Natal.

Trata-se – como sabemos – da mais antiga de todas as Novenas, da mãe de todas as mais, a única que a reforma litúrgica do Vaticano II não suprimiu. Uma novena que evoca os 9 meses da gestação do Messias no ventre humano de Maria.

Como nos anos anteriores, a Novena é, entre nós, um breve tempo de silêncio na algazarra dos dias, a preparar a contemplação do presépio: às 21H30, uma celebração breve, que o dia seguinte é de trabalho. As portas estarão abertas: a Comunidade convida a todos os que o desejarem a viver estes momentos connosco.

Senhora do grande sim

Senhora do grande sim.
Senhora do consentimento fecundo.
Senhora do reconhecimento.
Senhora do grande sinal da paz.
Senhora do acolhimento do Verbo.
Senhora da Anunciação. Do Anjo
recebeste o anúncio da salvação:
Ao anjo respondeste: faça-se,
segundo a vontade de Deus poderoso.
Na hora da incarnação teve começo
a redenção dos homens, Senhora.
Vislumbraste então a dimensão sem limites
do teu gesto único, resposta sem par,
ao desígnio de Deus?
Senhora do grande sim.
Senhora do reconhecimento.
Senhora do consentimento fecundo,
em ti se acolheu o Verbo de Deus
e de ti nascido, filho de Deus e teu filho.
(…)
Esplendor do Verbo em teu seio escondido
grandeza do Pai em teu ventre encoberta
dom do Espírito a teu ser oferecido

Palavra de Deus em teu seio gerada
Misericórdia do Pai em teu corpo guardada
Espírito do Verbo em teu ser pousado

Morada do Altíssimo
Habitação do Verbo
Templo do Espírito Santo

Virgem emprenhada
a do ventre redondo a dos seios úberes
pela maternidade divina
inclina à expectação do Filho
o género humano. Envolve com
teu olhar de ternura os filhos
de adoção, Senhora da Expectação,
Senhora da Incarnação,
Mãe de Deus e mãe dos homens
também, para todo o sempre nossa Mãe.

(Senhora do Grande Sim e Senhora da Incarnação, poemas de Maria de Lurdes Belchior, in Cancioneiro para Nossa Senhora, 1988, pp. 10 e 12).

Agenda

Um serão a marcar na agenda:

Amanhã, quinta-feira, às 21h15, o nosso amigo Luís Leal apresenta-nos «Padre Américo – uma Obra a (re)conhecer, um Pensamento a (re)visitar».
O encontro terá lugar na Quinta da Bonjóia. A participação é livre e recomendada.

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Catequese

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Inicia-se este Domingo mais um ciclo de Catequese de Infância na Comunidade Cristã da Serra do Pilar. Com a missão de iniciar os mais novos no sagrado e no religioso, tem como modelo o catecumenato batismal e pretende promover o encontro de cada um com Jesus.

As sessões são aos Domingos às 10 horas no Mosteiro da Serra do Pilar e estão abertas a todos os que pretendam fazer esta caminhada com a Comunidade.

Dia 4 de Outubro às 10 horas haverá uma reunião destinada aos pais das crianças que frequentam ou pretendem frequentar a catequese.

Homenagem ao Dr. Narciso Rodrigues

Narciso 1971

No próximo sábado, dia 27 de Setembro, pelas 14H30 na Casa Diocesana de Vilar, (à Rua Arcediago Van Zeller, 50), no Porto, decorrerá uma sessão de homenagem ao Dr. Narciso Rodrigues pelo centenário do seu nascimento.

O “Doutor”, «continua a ser uma importante referência em todo o País e na Diocese do Porto, pela sua vida dedicada à classe operária e às pessoas simples, pela sua pobreza evangélica e pelo seu estilo bondoso que, ao modo de João XXIII, esconjurava os profetas da desgraça que sempre anunciam catástrofes, recusando-se a ceder ao pessimismo ou à amargura».

Que a sessão evocativa congregue muitos cristãos, que ficaram estruturalmente marcados pelo ministério do Dr. Narciso Rodrigues.

Flash Conciliar

Roma, 15 de Novembro de 1962. Perante o esquema “de Ecclesia”, Acerca da Igreja, apresentado ao Concílio pela respectiva Comissão Preparatória, o Cardeal Liénart, bispo de Lille, abriu o fogo com estas palavras inequívocas: “Hoc schema nihi non placet!”, não me agrada este esquema. Por sua vez, o cardeal Ritter, arcebispo de São Luís (Canadá), declarou por sua vez: “Rejiciendum est”, deve ser rejeitado.

Mas terá sido o patriarca de Antioquia, Maximos IV, que, como sempre, se exprimiu com mais clareza. Destaquem-se algumas das suas expressões: ponto de vista “restrito, negativo e polémico”; texto que parece “derivar das disputas teológicas a que o Concílio deve permanecer alheio”, “destinado a ser condenado, enquanto o povo aspira a métodos serenos e positivos capazes de alimentar a sua vida cristã, e de preparar os caminhos para um diálogo ecuménico…”; “emprego de fórmulas ultrapassadas próprias da Contra-Reforma e do anti-modernismo”; “depositemos confiança nos sábios e nos teólogos de grande renome e deixemos-lhes campo aberto”. E Maximos IV concluía: “Proponho que renunciemos pura e simplesmente a esta esquema”. E assim aconteceu.

(Henri Fesquet – O diário do Concílio, I, p. 102)

Grécia

“A dignidade da pessoa humana deve permanecer no centro de todos os debates políticos e técnicos, assim como na tomada de decisões responsáveis”. É o que se lê em uma curta nota publicada nesta quarta-feira (01/07), pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

“O Santo Padre deseja enviar sua proximidade a todo o povo helênico, em especial às tantas famílias gravemente provadas por uma crise humana e social, tão complexa e sofrida”, lê-se ainda na nota assinada pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi.

Destacando que as notícias que chegam da Grécia “preocupam pela situação econômica e social do País”, a nota conclui-se dizendo que o “Papa convida todos os fieis a unirem-se em oração para o bem do amado povo grego”. (RB)

(fonte: Rádio Vaticano)

Os Cristãos

Os cristãos não se distinguem dos demais homens, nem pela terra, nem pela língua, nem pelos costumes. Nem, em parte alguma, habitam cidades peculiares, nem usam alguma língua distinta, nem vivem uma vida de natureza singular. 

Habitam pátrias próprias, mas como peregrinos: participam de tudo, como cidadãos, e tudo sofrem como estrangeiros. Toda a terra estrangeira é para eles uma pátria e toda a pátria uma terra estrangeira.

Amam todos e por todos são perseguidos. Não são reconhecidos, mas são condenados à morte; são condenados à morte e ganham a vida. São pobres, mas enriquecem muita gente; de tudo carecem, mas em tudo abundam.

São desonrados, e nas desonras são glorificados; injuriados, são também justificados. Insultados, bendizem; ultrajados, prestam as devidas honras. Fazendo o bem, são punidos como maus; fustigados, alegram-se, como se recebessem a vida.

Numa palavra, o que a alma é no corpo, isso são os cristãos no mundo. A alma está em todos os membros do corpo e os cristãos em todas as cidades do mundo.

(Da Epístola a Diogneto, escrito cristão dos anos 190-200 d.C.)

OS QUE SE SALIENTARAM NA SUA PEQUENEZ

21. bispo 83

No âmbito da celebração dos 40 anos da Comunidade da Serra do Pilar, na celebração do próximo domingo, 28 de Junho, recordaremos nominalmente os/as que se salientaram na sua pequenez. Esta é uma expressão da nossa tradição.

É crível que muitas pessoas gostarão de saber isto. Passe-se palavra.

E todos juntos poderemos até recordar alguns outros que se salientaram “na sua pequenez” mas que a fragilidade humana já esqueceu.

Pe. Arlindo Magalhães

Laudato Si: cinco notas para uma leitura

Quarta-feira, foi o próprio Papa que afirmou que a Laudato Sí (Louvado Sejas) é um documento de doutrina social católica. E justificou: a nossa casa comum “está a arruinar-se e isso faz mal a todos, especialmente aos mais pobres”.

O próprio texto sugere (49*): “uma verdadeira abordagem ecológica sempre se torna uma abordagem social, que deve integrar a justiça nos debates sobre o meio ambiente, para ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres”. E acrescenta (63) que a doutrina social da Igreja é “chamada a enriquecer-se cada vez mais a partir dos novos desafios”.

A encíclica não é, portanto, um texto para simples meditação pessoal dos crentes. Porque se dirige “a cada pessoa que habita neste planeta”; e porque apela à acção consequente de cada indivíduo, e ainda de governos, poderes financeiros, multinacionais e organizações internacionais – âmbitos onde se percebe uma maior distância na aplicação de vários princípios da doutrina social da Igreja.

António Marujo. Texto Completo em www.religionline.blogspot.pt