1º dia do Tríduo – O Senhor Crucificado
Celebração da Ceia do Senhor (5ª feira, às 21H30)
A celebração do 1º dia do «Tríduo Santíssimo do Senhor Crucificado, Sepultado e Ressuscitado» — assim se exprimia Sto. Agostinho — começa com a celebração da «Ceia do Senhor», em tarde (ou noite) de 5ª feira.
Nela se faz memória da Ceia Pascal de Jesus com os Discípulos, da entrega do Mandamento Novo (sublinhada com o gesto do lava-pés), da advertência à atitude cristã do serviço e da instituição da Eucaristia.
Fazemos anteceder esta celebração de um ritual que nos põe em sintonia com a Páscoa da Antiga Aliança, etapa histórica importantíssima da Páscoa Cristã. É a História da Salvação resumida numa Ceia que reúne os Irmãos em Alegria e Sobriedade, apressadamente, pois que é necessário iniciar a celebração do Tríduo.
Como fazer a Ceia?
É necessário começar pontualmente às 20H45. Cada um trará, por si ou por outrem, só a quantidade de alimentos que comer; tudo o que sobrar será queimado. Que alimentos? Apenas frango assado (ou cozido, se for caso de dieta) e ervas (saladas verdes ou hortaliças cozidas). A Comunidade porá à disposição pão, vinho e água. Não se permitirá a entrada na mesa de mais nada.
A refeição terá de ser comida apressadamente: as pessoas vêm do trabalho e vão para a celebração, que é preciso preparar. Por isso, às 21H15 tem de estar a ‘comida’ terminada. Esta refeição não é propriamente de festa: um ambiente de certo recolhimento deve ser criado.
Celebração da Morte do Senhor (6ª feira, às 21H30)
A segunda celebração do Tríduo faz ainda parte do 1º dia do Tríduo: é a celebração da Morte do Senhor, que, segundo o relato evangélico, ocorreu por volta das três da tarde. Assim, esta celebração deveria ocorrer por essa hora. Só o facto de grande parte da Comunidade estar então a trabalhar nos obriga a deslocá-la para a noite.
Há alguns anos que, entre nós, esta celebração é antecedida de uma refeição de jejum de pão, água e uma maçã, na consonância com a Morte do Senhor (às 21H00).
O jejum visa a disponibilização do espírito para Deus e a recolha de bens a partilhar com os irmãos que deles necessitam e que, nos dias que correm, não são poucos. Assim, no fim da refeição, far-se-á a coleta, que será integralmente entregue ao Serviço da Partilha Fraterna. E cada um trará um pouco de pão. A água pô-la-á a Comunidade.
2º dia do Tríduo – O Senhor sepultado
O Sábado do Tríduo ficou sempre um dia sem Liturgia; desde a mais remota antiguidade que é um dia de silêncio e jejum, de profunda reflexão nas igrejas.
3º dia do Tríduo, o 1º da semana – O Senhor ressuscitado
- Celebração da Vigília Pascal (Sábado, às 21H30)
A celebração deste último dia do Tríduo começa com a Vigília Pascal, que, no princípio, se iniciava por alturas do pôr-do-sol e durava toda a noite.
Esta celebração é, por assim dizer, uma celebração quádrupla: da Luz, da Palavra, da Água (batismal) e da Eucaristia.
Terminada a grande celebração da Vigília, juntar-nos-emos em convívio alegre à volta da mesa, traduzindo assim a alegria da Ressurreição. Este convívio terá uma «cor» completamente diferente da Ceia de 5ª feira e, por maioria de razão, da refeição de 6ª. Pensamos numa reunião fraterna e alegre à volta da Mesa Comum onde, alta noite e depois de uma longa celebração, possamos «petiscar» qualquer coisa, «beber um copo» ou mesmo aquecer com um caldo verde ou um chá, do que o cuidado fraterno for capaz. No caldo e no chá, os serviços da comunidade pensarão, sendo possível; tudo o mais estará ao cuidado de cada um.
- Celebração do Dia (Domingo, às 11H00)
Esta celebração seria uma evidente duplicação para quem celebrou a Vigília até alta madrugada: mas, de facto, alguns irmãos não poderão estar na celebração noturna.