«… quase não é possível pensar o ser da Igreja no mundo moderno e o seu agir pastoral – e são estas duas coordenadas que configuram o seu rosto concreto – sem por aqui passar: Comunidade e Catecumenato, as duas realidades, as primeiras e mais importantes. E nunca se saberá qual delas a originante. Na Serra do Pilar, primeiro, foi a Comunidade, pelo menos como objectivo a atingir, depois, o caminho para lá chegar, o Catecumenato. Noutros lugares terá sido ao contrário. Primeiro o ovo ou a galinha?
Verdade é, no entanto, que Catecumenato e Comunidade estão intimamente orientados um para a outra. Sem Comunidade, não há Catecumenato: ela é o meio deste. Mas, sem Catecumenato, a Comunidade morrerá por incapacidade de renovação e crescimento, neste mundo moderno. Que a Comunidade não nasce como a generalidade dos organismos vivos, vida transmitida pela carne e pelo sangue. Os tempos da cristandade já lá vão.
Eis porquê, na Serra do Pilar, esta tarefa do Catecumenato dos adultos continuará a primeira. … é por aqui o caminho. Duro e difícil. Mas leva lá, este Caminho, ai isso é que leva!»
(Serra do Pilar, Pentecostes de 1994)