Tipográfica

Captura de ecrã 2015-06-19, às 14.01.20

A primeira multicópia da Comunidade imprimiu-se na Páscoa de 1975 (a Comunidade tinha nascido em Novembro de 1974). Não tínhamos ainda duplicador, íamos à paróquia de Coimbrões. Não descansámos enquanto não começámos com uma Folha Dominical, a exemplo do que se fazia no Padrão da Légua. A nº 1 foi publicada em 13 de Abril de 1975.

Um dia, foi numa noite, rebentou sobre o Porto/Vila Nova de Gaia uma tal e tremenda trovoada que a instalação eléctrica da igreja da Serra do Pilar ardeu praticamente, e tudo o que estava ligado à corrente ficou queimado. Ficámos sem órgão, sem tudo. E sendo a acústica da igreja muito complicada, então é que não se ouvia nada do altar para a assembleia. Remédio? Publicar os textos da Liturgia dominical em folhas duplicadas, o que começou a ser feito em 19 de Novembro de 1975.

Ferramentas? Tudo começou com uma pequeníssima máquina de escrever portátil, comprou-se depois uma outra, muito melhor, tipo comercial — Aquela máquina!, lembram-se? —; comprou-se logo um duplicador meio manual e outro meio electrizado, a seguir veio uma máquina de escrever dita já eléctrica, com alguma memória, comprou-se entretanto uma duplicadora já que tal!, e uns anos passados uma impressora a sério já sem stencil nem aquela tinta horrorosa que sujava tudo e todos. Existe ainda e trabalha bem. A seguir, chegaram os computadores.

Quem manobrava tudo isto? Começou por ser o Arlindo, claro!, lembro-me que a seguir foi o Quim do Amen, logo o Pedro, este durante anos, mas ainda em casa do Arlindo. O Pedro fazia par com o Avô Pereira, homem experimentado na impressão de um dos jornais diários do Porto. Entretanto casou, foi viver para outro lado, e apareceu o Manel Vieira, profissional este de Litografia, a ajudar o avô Pereira, e alguns mais, o Cancela, por exemplo. Semanalmente, depois do trabalho do(s) escrevedor(es), do corrector de textos e do formatador digital, entram em cena os impressores. Trabalho duro, por vezes — sobretudo na Páscoa e no Natal — esgotante, mas sempre bem feito, sem falhas, tudo muito dobradinho, levado da Casa Pastoral para a igreja e para o Correio. Ultimamente, apareceu um jovem trabalhador, Manuel Moreira. Dizem os mais velhos que óptimo!

O Acolhimento distribui à entrada e saída da Liturgia. Mas já há, disponíveis, duas pessoas: um senhor de 50 anos e um jovem de 80 anos. A esta equipa de impressores deu-se o nome de A Tipográfica. Um dos grandes ministérios da Comunidade.

Serra do Pilar, 2014