Escreviam cartas e levavam-nas daqui para ali, de Corinto para Roma, no caso escritas por Paulo e postas nas mãos de Febe que iria à capital; visitavam-se e alojavam-se nas casas uns dos outros: Paulo, em Filipos, assentou na de Lídia e em Corinto viveu na de Áquila e Priscila; …
Este costume que vinha dos inícios não desapareceu mesmo depois do período apostólico: Clemente de Roma, que morreu cerca do ano 102, enviou também ele uma carta à “Igreja de Deus que peregrina em Corinto”. E tantas mais! E logo começaria esse que se tornou um costume, o de enviar às igrejas com que uma comunidade se relacionava mais intensamente as Actas do martírio dos que, entre eles, tinham tombado por professarem a fé: as que as Igrejas de Lyon e de Vienne enviaram às da Ásia e da Frígia no fim dos anos 70 do século II, p,or exemplo, alguém as levou, de barco, de comunidade a comunidade.
O próprio Paulo correu o Mediterrâneo oriental, passando por Chipre e por Creta, de Rodes para Cesareia, de Patara para Tiro, ou, passando por Malta, já chegava a Siracusa a caminho de Roma,…
Tudo isto concorreu para que, na Carta aos de Esmirna, na actual Turquia, Santo Inácio de Antioquia (morreu cerca do ano 110) pudesse ter escrito “onde está Jesus Cristo está a Igreja católica”. Ou seja: “… dois ou três reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” (Mt 18,20). É a comunhão das Igrejas que faz a Igreja Católica.
Quando se criou este sítio da Igreja que está na Serra do Pilar, fizemo-lo para comunicar. Os tempos são agora diferentes dos do início. Nem sempre o fizemos bem. Depois, vieram os vírus. Não é só nos hospitais que isto acontece! Na maior parte dos casos ficamos sem saber o que aconteceu. Muitos dos amigos de longe perguntaram porquê? Não fomos rápidos a deter o mal. Nem agora estamos a sê-lo em tempo de recomeço. Mas prometemos que, pouco a pouco, tudo ficará no seu lugar, em favor da comunicação mútua.