Música

Para o Tempo Pascal

Concerto Vozes pela Paz

vozes pela paz

A realizar no próximo dia 23 de maio, pelas 21h30, no Santuário do Coração de Maria, nos Carvalhos.

Participam o Coro Infantil Claret, o Grupo Coral Forja, o Coro Claret e o Coro PerVocalis, da Escola de Música de Perosinho.

 

Deixarão seu pai e sua mãe

Texto (trad. e adapt.): Leonel Oliveira/Manuel Neto
Música: Fernando Lapa
Coro da Serra, Coro «Ad Hoc» e Oitava Ensemble

 

Deixarão seu pai e sua mãe

E serão os dois uma só carne!

Quem é essa que sobe dos desertos,

Que vem apoiada no seu bem amado?

Tu és belo!

és o mais belo dos filhos do homem:

a graça se derrama dos teus lábios,

por isso és abençoado para sempre!

Deixa o teu povo e a casa de teus pais:

de ti nascerão filhos para o seu lugar

e farás deles príncipes para toda a terra!

À sombra das macieiras te fui despertar,

do lugar onde foste concebida te tirei!

Põe-me como um selo em teu coração,

coloca-me em teu braço como um sinal,

porque o amor é forte como a morte!

 

 

O Pastor

Ai que ninguém volta
ao que já deixou
ninguém larga a grande roda
ninguém sabe onde é que andou

Ai que ninguém lembra
nem o que sonhou
(e) aquele menino canta
a cantiga do pastor

Ao largo
ainda arde
a barca
da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
deixa a alma de vigia
Ao largo
ainda arde
a barca
da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
acordar é que eu não queria.

Gacela delamor desesperado,

de Federico García Lorca,

canta Amancio Prada

Emaus

La noche no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.

Pero yo iré
aunque un sol de alacranes me coma la sien.
Pero tú vendrás
con la lengua quemada por la lluvia de sal.

El día no quiere venir
para que tú no vengas
ni yo pueda ir.

Pero yo iré
entregando a los sapos mi mordido clavel.
Pero tú vendrás
por las turbias cloacas de la oscuridad.

Ni la noche ni el día quieren venir
para que por ti muera
y tú mueras por mí.

Exsultate, Jubilate, de Mozart KV 165

Mozart                                 Sandro Botticelli – A Ressurreição

Depois do Aleluia, do Messias de Haendel, o Exsultate (Exultai) de Mozart.

Foi em 1773, numa visita que fez a Milão, que Mozart escreveu este motete. O motete é uma pequena peça musical construída sobre um texto litúrgico latino. Tantas vezes cantado e ouvido, não nos damos conta de que, quando o escreveu, Mozart tinha apenas 17 anos de idade! Percorre-o uma alegria que varre tudo, tratando-se embora de uma música mais de ópera que litúrgica. “Exultai, manifestai a vossa alegria, ó felizes almas. Cantai hinos melodiosos! (…) Dá-nos a paz, Tu que nos respondes! Aleluia!” (https://www.youtube.com/watch?v=BV0opTtWS6g&noredirect=1).

Aleluia, de Haendel

Aleluia Haendel                          Giotto – A Ressurreição de Cristo

S. Filipe de Nery (1515-1595) fundara em 1565 a Congregação do Oratório: clérigos seculares (diocesanos) viviam em equipa e dedicavam-se à educação religiosa do povo em geral e particularmente da juventude.

Nessa educação entrava a música: execução de pequenas obras sobre episódios bíblicos, vidas de santos, temas religiosos, digamos. Filipe pediu ajuda a alguns amigos, ao grande compositor Palestrina (1525-1594), por exemplo.

Pouco a pouco, as pequenas obras musicais acima referidas – as chamadas já então Oratórias ou Oratórios – desenvolveram-se e tornaram–se uma espécie de óperas, com narração de temas sempre religiosos mas sem representação teatral. Recolheriam também o contributo de grandes compositores do tempo, Giacomo Carissimi (1605-1674), entre outros.

Esta forma musical desenvolveu-se especialmente em Inglaterra, o que se deve ao facto de ali ter vivido Haendel (1685-1759) grande parte da sua vida, ele que foi o maior compositor de oratórias.

Entre as muitas que escreveu, salienta-se a que leva o título de “Messias”, estreada em Dublin, no Tempo Pascal de 1742. O célebre Aleluia é a mais conhecida página desta obra (https://www.youtube.com/watch?v=KJHqriXhK7Y).

Serra do Pilar, 2014.04.19

Música da Paixão

Musica paixao

Há música e música. E no mundo da música há João Sebastião Bach, um homem que viveu entre os anos 1685 e 1750. As palavras não chegam para dizer do seu tamanho.

De todas e cada uma das suas obras musicais se pode dizer que se trata de uma verdadeira obra prima.

Destacar a Missa em si menor e a Paixão segundo S. Mateus é uma injustiça feita a tudo quanto se deixa de lado. E muitos dirão ainda: Não se pode esquecer o melhor!

Nestes dias da Paixão do Senhor Jesus, pode sugerir-se ouvir toda a belíssima Paixão, três horas de música, ou só o seu começo (https://www.youtube.com/watch?v=nuBeByQQUo8).

Uma alternativa pode ser o Et incarnatus, um pequenino trecho do Credo da sua Missa em si menor — considerada a  Catedral da Música —, a história do nascimento de um homem que morreu na cruz, chamado Jesus, o Cristo, e que “passou fazendo o bem” (Livro dos Actos dos Apóstolos 10, 38)

(https://www.youtube.com/watch?v=2FJwtZblZCA e https://www.youtube.com/watch?v=JU-MsV1kF7c).

Serra do Pilar, 2014.04.06

Para ouvir nesta Quaresma….

 Diogo Melgaz e a Escola de Évora

Música_DiogoDiasMelgaz

Foi com o rei D. Afonso V (1438-1481) que tudo começou. Naqueles tempos, os nossos reis andavam muito por Évora: e o rei Afonso V chamou músicos para lá. Nascia na Catefdral da cidade a que foi chamada a Escola de Évora. Ali trabalharam muitos músicos de muita qualidade, a maior parte dos quais só foram dados a conhecer a partir dos anos 60 do século passado.

Não longe de Évora, em Vila Viçosa, os Duques de Bragança que viviam ali no seu Palácio Ducal, fizeram o mesmo, chamaram músicos. Nascia a Escola de Vila Viçosa. No século XVII, para além de nomes que não dirão muito às pessoas mas que foram de grandes compositores —Manuel Cardoso, Duarte Lobo, Lopes Morago, etc e etc — há o de um Duque de Bragança que haveria de ser o nosso rei D. João IV (1640-1656).

A música dessas duas escolas interessou muito os ingleses que desde os passados anos 60 começaram a executá-la e a publicá-la. No disco que acima se apresenta há música de um compositor que os historiadores dizem “o último da Escola de Évora”, Diogo Melgáz, que viveu entre 1638 e 1700, e que escreveu, entre muitas outras peças, algumas para a Quaresma.

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