Igreja paroquial de Santo André de Telões
Directamente derivado da antiga arte dos Romanos, o românico inspirou-se nas basílicas e cidades latinas.
No românico, porém, entraram também elementos bizantinos e orientais. As paredes, de grande espessura e poucas janelas, eram reforçadas com contrafortes. Mesmo assim as naves eram estreitas, e as portas redondas na parte cimeira. No séc. X surgiriam as abóbadas em pedra. E pouco a pouco o desenho do edifício foi ganhando a forma de uma cruz. As fantasias dos arquitectos ficava-se apenas pela decoração dos pormenores: cachorros, capiteis, tímpanos, etc. O espaço sagrado e interior, sempre com pouca luz, colocava o crente num clima de interioridade e silêncio: a não-luz convidava à aproximação ao mistério.
Tudo isto, no entanto, gerava uma estética de identidade própria conforme os lugares — Borgonha ou Vale do Sousa —, as culturas — rural, montanhosa ou ribeirinha —, e os tempos — séc. XI ou XIII.
Assim é o românico que envolve Amarante. Mais rico, mais pobre, mais antigo, mais recente… e nós vamos visitá-lo no próximo fim de semana.