Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos
18 a 25 de janeiro de 2014

tema  Estará Cristo dividido?  Cor 1, 13

O movimento ecuménico, surgido no final do século XIX, desenvolve iniciativas tendentes a favorecer o regresso à unidade dos cristãos, quebrada no passado por rupturas.

O Oitavário pela Unidade da Igreja tem as suas raízes em 1908 e seis décadas depois a iniciativa passou a ser preparada por diversas confissões cristãs, mediante o trabalho conjunto do Conselho Mundial das Igrejas e do actual Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, da Igreja Católica.

A Comissão Ecuménica do Porto é formada por representantes das Igrejas Católica Romana, Anglicana de Saint James, Greco-Católica, Lusitana Católica Apostólica Evangélica (Comunhão Anglicana), Evangélica Alemã do Porto, Evangélica Metodista Portuguesa e Ortodoxa.

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A unidade dos cristãos é uma prioridade para o Papa Francisco?

Sim, para mim o ecumenismo é prioritário. Hoje, existe o ecumenismo do sangue. Em alguns países, matam os cristãos porque carregam uma cruz ou têm uma Bíblia, e, antes de matá-los, não lhes perguntam se são anglicanos, luteranos, católicos ou ortodoxos. O sangue é misturado. Para aqueles que matam, somos cristãos. Unidos no sangue, embora entre nós ainda não consigamos dar os passos necessários rumo à unidade, e talvez o tempo ainda não chegou. A unidade é uma graça, que deve ser pedida. Eu conhecia um pároco em Hamburgo que acompanhava a causa de beatificação de um padre católico guilhotinado pelos nazis porque ensinava o catecismo às crianças. Depois dele, nas filas dos condenados, havia um pastor luterano, morto pelo mesmo motivo. O sangue deles se misturou. Aquele pároco contava-me que tinha ido ao encontro do bispo e lhe dissera: “Eu continuo acompanhando a causa, mas de todos os dois, e não só do católico”. Esse é o ecumenismo do sangue. Ele também existe hoje, basta ler os jornais. Aqueles que matam os cristãos não pedem o bilhete de identidade para saber em qual Igreja foi batizado. Devemos levar em consideração essa realidade.

(Entrevista do Papa Francisco dada ao jornal italiano La Stampa, em 15-12-2013)

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